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Veneza 21st – 22ns July 2008

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Assim que nos organizamos, retomamos nossa rota rumo a Veneza.

Ja havia ouvido falar que o transito de automoveis pela cidade e praticamente impossivel, entao, assim sendo, pelo caminho encontramos uma rota alternativa: poderiamos estacionar a Van num estacionamento fechado e dali, seguir de vaporetto.

E assim o fizemos e para mim, foi uma das melhores maneiras de chegar na cidade.

A Veneza atual e a Disenalndia do turista: sao muitos monumentos, piazzas, lojinhas e um emanharado de pessoas por entre suas ruas labirinticas.

Nos perdemos, nos achamos, nos perdemos de novo (cara, cade meu GPS?) entre suas 117 ilhas e 150 canais.

Apesar de haver perdido um tanto do seu esplendor do passado, a cidade ainda conserva o seu charme e dificil nao se encantar.

Aquela que um dia foi uma grande potencia mercante, que chegou a dominar metade do Mediterraneo, Adriatico e outras tantas rotas comerciais, hoje e a Mecca do turismo, recebendo mais de 20 milhoes de visitantes durante o ano.  Tambem pelas suas condicoes geograficas, Veneza ja passou por varias inundacoes e corre um serio risco de desaparecer do mapa, caso os mares continuem a subir.

Andamos Veneza de cima a baixo, perseguimos os pombos na Piazza San Marco, fomos explorados pelos restaurantes locais, e no final do dia, com um bom Montepulciano embaixo do braco, pegamos o Vaporetto de volta para a Van.

Ravenna – 20th , 21st July – 2008

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Deixamos Bologna no meio da tarde e seguimos em direcao a Veneza. Em nossa rota, decidimos dar uma paradinha em Ravenna, a cidade natal de Mussolini e onde o corpo dele esta enterrado  (pelo menos o que restou dele) .

La tambem esta o tumulo de Dante Alighieri, o patrono da lingua italiana e autor da Divina Comedia. A cidade tambem e conhecido por seus mosaicos, heranca de quando foi a capital da parte oeste do ImperIo Romano.

Fomos ate o tumulo de Dante. No claustro, um lampiao bem ao centro queima com oleo fornecido pela cidade de Florenca.

A cidade, por ter expulso o poeta por suas crencas religiosas, paga a penitencia de todo ano, durante o aniversario de sua morte, fornecer o oleo, numa grande cerimonia.

A cidade de Ravenna possui estes e muitos outros atrativos, porem estamos seguindo em direcao a Veneza, nao tivemos tempo para explora-los mais a fundo.

Mas paramos para nossa cerveja de final de dia, num dos bares da praca central. Ali, peguei um jornal gratuito local.

 

Esta e uma dica que recomendo a todos que viajarem pela Europa: os melhores eventos, bares e clubs nao estao listados em guias de viagens, mas sim nos jornais locais, nos posters espalhados pela cidade e flyers em bares.

Ali fiquei sabendo que nao muito distante dali, na Marina di Ravenna, Djs de estilos variados estariam tocando. Como para ir para Veneza poderiamos escolher entre ir pelo interior ou pela costa, entao decidimos pelo ultimo, pois assim poderiamos dar uma espiadinha no tal evento.

Chegamos no final do ‘beach day’, muitas pessoas retornando da praia, outras nos diversos bares, enfim, o lugar estava bombando.

 

A Marina di Ravenna me lembrou um pouco Maresias: areia, sol, balada e azaracao.

 

 

 

 

 

 

So o mar, que difere e muito, ja que estamos na costa do Mar Adriatico e ele e um Piscinao do Ramos!

 

Mas a praia e bacana e com muitos, muitos, muitos bares tocando musica boa.

Nao aguentamos, ali, no final de tarde, tomando um coquetel e escutando indie-rock, decidimos extender nossa ‘espiadinha’ e passamos uma otima noite.

Bologna – 18, 19, 20th July 2008

sábado, 9 de agosto de 2008

Chegamos em Bologna no finalzinho da tarde. O calor estava simplesmente insuportavel. Por enquanto, esta esta sendo uma das desvantagens que encontramos na Van, ela tem super pouca ventilacao. E no clima seco do Norte da Italia, things can really get hot!

Estavamos ha dois dias campervando na rua, nossa agua havia terminado, cara, tava foda. Dizem que a fome e o melhor tempero. O mesmo se aplica a necessidades basicas, por isto, quando chegamos no camping e vimos aquela piscina maravilhosa, debaixo daquele sol de rachar, quase chorei de alegria. 

Passamos a noite e o inicio do dia seguinte ali, chilling out.

No inicio da tarde, fomos conhecer a cidade. Bologna e tudo o que pode se esperar de uma tipica cidade italiana: ruas confusas, monumentos antigos, pinturas descascadas, varandas enferrujadas, oculos grandoes, perfumes fortes, gente na rua falando alto, rindo, gesticulando, vespas atropelando turistas e muitos, muitos palacetes. Estes ultimos encontram-se sob arcadas que ao todo extendem-se por mais de 40 quilometros! E sao o cartao postal do lugar.

Ela tambem e conhecida como ‘Bologna Vermelha’ (pela coloracao de sua arquitetura) ou ‘Bologna Gorda’ (pelo cuidado com que os bologneses tem com a comida), o que nos pareceu evidente, ao passearmos pelo centro: vitrines exibindo uma infinidade de tipos variados de pastas, cuidadosamente arranjadas.

Experimentamos um otimo tagliatelle alla bolognese (que aqui e conhecido como ragu), num restaurante maravilhoso, sob um palacio todo de pedra.

Depois do jantar, fomos ate a Piazza Maggiore, e ali nos deparamos com um telao enorme. Estava acontecendo uma mostra de filmes. Escolhemos um barzinho nas proximidades e, ali, com um otimo Chardonnay, assisti a Brokeback Mountain.

Adorei! Acho a ideia de cinemas ao ar livre o maximo, e e uma pena que nao seja tao comum como deveria.

O filme acabou um pouco tarde, e voltamos para a Van. Estavamos campervando ali no centro e, cara, mesmo de noite, fritamos. No desespero, subi para o nosso ‘segundo andar’ da Van para ver se a coisa melhorava, mas nao teve jeito.

Para piorar, Bologna tem centenas de bares ali no centro, onde estavamos e nao tinhamos como escapar do burburinho da noite, que na Italia funciona no volume maximo! La pelas duas da manha, a noite acalmou, o calor deu uma tregua para agente e finalmente conseguimos dormir.

No dia seguinte voltamos a Piazza Maggiore e fomos fazer um tour rapido. Ali estao as principais atracoes da cidade, incluindo a Basilica de San Petronio, o santo padroeiro da cidade. A basilica e a quinta maior da Europa e na verdade deveria ter sido a primeira, nao fosse a intervencao da Igreja Catolica, que nao quiz que o esplendor da Basilica de San Pietro fosse de forma alguma rivalizada.

Ali tambem esta a Fontana Del Netuno e o Palacio do Rei Enzo, que ali ficou aprisionado por mais de vinte anos.

Deixamos Bologna no final da tarde.

Friday 18th – Parma – Modena – Bologna

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Saímos de Parma pela manhã e seguimos em direção à Modena. Esta é uma das muitas cidades ao longo da Via Emília que antigamente era utilizada como uma guardição romana, durante o século 2 AC.

Modena era praticamente desconhecida, ate que durante o século 12 alcançou sua autonomia, passando ao controle da família Este.  

Durante este período, a cidade passou por um período de grande prosperidade, e consequentemente muitos palácios e monumentos foram erguidos.

Modena também é famosa por ser a cidade natal de Luciano Pavarotti. Também esta nas proximidades das fábricas da Ferrari, Maserati e De Tomaso. E é claro, também pelo Aceto Balsâmico.

Após uma breve passeada pelo centro da cidade, fomos até o Centro de Informações ao Turista, que nos forneceu alguns endereços de algumas ACETAIAS – ou seja produtores de aceto locais.

Somente os acetos produzidos na região podem ser chamados de ‘Aceto balsâmico tradizionale’. Os demais são conhecidos como industriais. Seguimos a procura da acetaia mais próxima, e, depois de algumas rodadas, finalmente achamos o endereço.

De fora, parecia mais uma casa normal, bonita, com um belo terraço e jardim, varandas, colunas. Giorgio estava sentado no jardim com o seu cachorro e logo nos convidou a entrar.

Ele não falava uma palavra em inglês, então nossa visita foi praticamente traduzida com o italiano dos meus anos de ‘Dante Alighieri’…

 

Subimos até o andar superior da casa, onde Giorgio armazenava a maioria dos barris de aceto. Começamos o tour com uma série de barris, com as inscrições ‘Carlota’. Giorgio explicou que aquela produção particularmente estava sendo feita para servir como ‘dote’ para o casamento da filha dele, a tal da Carlota. Ele ja havia iniciado a producao no dia em que ela nasceu,ha vinte anos atras. A cada dois anos, ele transferia parte do conteudo de um barril maior para um menor e deste, para um menor ainda, ate que o produto mais envelhecido fosse aos poucos preenchendo um pequeno barril, que ali permaneceria ate a Carlota casar!

O restante da producao do aceto seguia o mesmo procedimento.Em Modena, apenas 60 familias possuem a concessao para produzi-lo e todas devem seguir padroes de producao super controlados. Existe uma entidade que no final do processo nao apenas aprova, como tambem engarrafa o produto final e, dependendo da qualidade, aroma, sabor e espessura, decidem se o aceto possui o envelhecimento de 12 anos ou de 25 anos, as duas unicas especialidades produzidas.

 

No final de nosso tour, fizemos uma pequena degustacao e, cara, todo este trabalho que eles tem vale a pena: o aroma, o sabor nao se comparam com nenhum aceto que  havia provado antes. Verdadeira obra-de-arte.

Nao sei se ficamos emplogados com nosso tour, mas saimos de la com duas garrafas, que nos custaram provavelmente uma semana de acomodacao, mas nao me arrependo, porque nunca mais terei a chance de provar o produto novamente.

So fico imaginando quanto nao deveria valer o barril da tal Carlota!!!

Seguimos para Bologna e chegamos ali no final da tarde.

Thursday 17th – Bergamo – Parma

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Em nosso caminho pelo Norte da Itália, estamos almejando chegar a Veneza nos próximos dias. Tínhamos duas opções: ou seguir por Verona e Padova, ou descer até Parma, Modena e Bologna. Embora acredite que Verona seja mais bela e romântica que Veneza (é a cidade de Romeo e Julieta), já havia estado ali no meu primeiro mochilão pela Europa, por isto, não me opus a seguir por Parma.

 

Nossa primeira parada nesta rota foi em Bergamo, à leste de Milão. A cidade é praticamente dividida em duas: a cidade baixa e a alta. Esta ’ultima, como o próprio nome sugere, fica no topo de uma montanha e é toda cercada por uma antiga muralha. Lá de cima, conseguimos avistar  bem ao longe, a silhueta do conjunto de arranha-céus de Milão.

 

Passeamos pelas antigas ruas de paralelepípedos, e chegamos até a Piazza Vechia, o ponto-central da Bérgamo medieval. Circundando a bela praça, os principais palácios da cidade, o Pallazzo Nuovo (que hoje é uma biblioteca) e o Palazzo della Ragione, construído no século XII.

A cidade esteve sob o domínio de Veneza por 350 anos, até a chegada de Napoleão e os estranhos leões que adornam um dos seus palácios são na verdade o símbolo de Veneza.

Compramos uma pasta caseira maravilhosa, e continuamos nosso caminho.

 

Chegamos em Parma no final da tarde. O sol, mesmo neste horário ainda estava forte e o clima estava seco e super abafado. O verão nesta parte da Itália é simplesmente enlouquecedor, e, após onze anos morando em Londres, já estava desacostumada em me sentir dentro de um forno a lenha.

Como não podia deixar de ser, demos uma de turistas que somos, e compramos um Parmeggianno Reggiano, o nosso conhecido parmesão. Ele na Italia leva este nome devido ao fato de ser produzido em duas regiões vizinhas: Parma e Emília Reggia. Compramis tambem um presunto de Parma, conhecido como o melhor da Italia.  Ali tambem esta a fabrica da Barilla, famosa pela producao de macarrao. To engordando horrores nesta viagem!

 Tinhamos algumas coisas para resolver na cidade entao tiramos um dia off de nossa vida de turista para colocar o trabalho em dia.

Campervamos ao lado do parque central da cidade.

 

 

Monday/Tuesday – 14th July – 15th July – Montreux – Interlaken

sábado, 26 de julho de 2008

Saímos de Montreux no final da manhã e seguimos para Interlaken. No caminho, paramos em Bern, a capital da Suíça e a cidade onde Einstein desenvolveu a teoria da relatividade.

Passeamos pelo centro, rapidinho e fomos no supermercado, abastecer nossa ‘dispensa’.

Compramos algumas especialidades locais e, devidamente alimentados, seguimos para Interlaken.

O visual pela estrada era maravilhoso, passamos por vales espremidos por grandes montanhas e fomos subindo uma sucessão de serras, até que finalmente chegamos à nosso destino, já no final da tarde. Como o próprio nome sugere, Interlaken está entre dois grandes lagos, Thun e Brienz.

Também está nas proximidades das montanhas Jungfrau, Monch e Eiger, que, com seus altos picos de neve, formam uma paisagem que é uma verdadeira obra-de-arte da natureza. A cidade também atrai uma verdadeira multidão de mochileiros e amantes de esportes de ação do mundo todo, já que é uma excelente base para quem deseja se aventurar pela região de Jungfrau.

Ficamos num camping que tinha uma vista maravilhosa. No dia seguinte, pegamos as bikes e fomos até Lauterbrunmen, de trem. O trajeto até lá é deslumbrante, passando por montanhas, cachoeiras e rios de águas transparentes.

Mas nada que se compare à chegar em Lauterbrunmen: após passarmos os bem cuidados chalets da cidade, que parecem saídos de um conto-de-fadas, chegamos até a trilha principal para os teleféricos.

De nosso lado esquerdo, uma sequência de montanhas, com a neve do topo refletindo a luz do sol. Do lado oposto, uma cachoeira altíssima despencava do topo da montanha, formando um véu branco pela paisagem. Ficamos maravilhados com o visual, que para mim, é um dos mais belos do mundo. Para todos os lados que olhássemos, a paisagem era mais do que perfeita. Um cartão postal de 360 graus (e em 3D!).


Passeando pela trilha, ainda conseguíamos ouvir os sininhos das cabras que pastavam pelas proximidades.


Subimos até Gimmelwald, e paramos para um raclette, que nada mais é do que uma espécie de fondue, mas ao invés de pão, você utiliza picles, cebolas em conservas e batata. A vista do alto de Gimmelwald mais uma vez nos deixou perplexos.

De lá, fomos até outra montanha, a Murren. Quando nos cansamos de admirar tanta beleza natural, pegamos uma trilha até a base.


Começou a escurecer, então, de bicicleta, retornamos a Interlaken, que foi uma das melhores pedaladas que já dei nesta vida. Passamos por pequenas vilas, apostamos corrida com o rio que nos acompanhava, e assistimos o sol se por atrás das montanhas.
Chegamos no camping já no início da noite, e descidimos campervar em outro pico. Achamos um lugarzinho, bem ao lado do rio que corta a cidade, súper tranquilo. E ali, entre o rio e a montanha, passamos a noite, que por sinal, era de lua cheia. Perfeito!

Sunday – Geneve- Montreoux 13th July 2008

sábado, 26 de julho de 2008

Acho que domingo e igual no mundo inteiro : a cidade aproveita para dormir ate mais tarde. E geneve nao podia ser diferente, a maioria dos lugares fecha e um silêncio paira sobre a cidade. Já que estávamos ali naquela região, aproveitamos para conhecer o Red Cross Museum.

Apesar de relativamente pequeno, a exposição foi um tanto interessante,não apenas por remontar a criação desta organização, como também por relembrar os diversos conflitos dos quais ela participou. Impressionante constatar o número de guerras que tivemos ao longo dos últimos dois séculos.
Já no início da tarde, passamos na casa do Ernst, e depois de algumas horas jogando Wii, seguimos para Montreoux, para o Festival de Jazz.


A cidade fica na extremidade oposta do Lago de Geneve, e também é toda cercada pelos Alpes. Uma vez por ano acontece este festival, nas proximidades do lago, onde músicos do mundo inteiro vem se apresentar, durante duas semanas de shows contínuos.
Diz a lenda que nos anos 70, Fank Zappa estava se preparando para se apresentar no Casino de Montreoux, quando um de seus equipamentos pegou fogo, causando um incêndio enorme. A fumaça sobrevoando o lago inspirarou os integrantes da banda Deep Purple a comporem ‘Smoke on the Water’.
Não vimos muita fumaça, mas água….

Chegamos em Montreoux embaixo de uma puta chuva. Corremos de barraquinha em barraquinha até acharmos um lugar para nos protegermos. Ernst abriu um champagne e ficamos ali curtindo o lugar. Montreoux, mesmo embaixo de chuva tem uma atmosfera ótima: várias tendas oferecendo shows gratuitos, clubs abertos ao público e concertos dos mais variados, embora os melhores sejam pagos.
Conseguimos ingressos de última hora e fomos com Ernst e Florence assistir a Herbie Hangcock e Chaka Khan. Assim que entramos, fui procurar o banheiro, quando encontro outra brasileira perdida. Ela me pareceu familiar de princípio, ate que caiu a ficha, claro, Elba Ramalho! Cara, de todas as pessoas do mundo, esta era com certeza a última que esperava encontrar ali. Hilário!


O show foi ótimo, no final da noite, nos despedimos e seguimos para a Van. Fico imaginando onde iremos nos encontrar da próxima vez. Mas sei que, como todas as vezes, será ótimo.

Saturday – Geneve – 12th July – 2008

sábado, 26 de julho de 2008

Descemos para o centro de G’eneve logo pela manhã. Voltamos até a área de Pakis, para encontrar Soli, para tomar um brunch. Ela estava com um pessoal do trabalho, uma galera super internacional que ou estava ou ja havia morado na cidade.

Sempre achei que Geneve deve se rum otimo lugar para estrangeiros, a cidade e ultra-cosmopolita, cheia de boas oportunidades de trabalho (principalmente para quem fala frances) e bem pertinho de Chamonix e outras otimas estacoes de ski.

Tambem foi bacana encontrar Solidea, como nos, ela ja morou em alguns outros lugares do mundo, e tanto ela como seus amigos, parecem estar em constante movimento, ou seja, passam um ano neste país, um ano em outro e assim por diante. Quem mora fora as vezes se esquece de onde e realmente a sua casa.

Eles seguiram para Montraux, onde esta acontecendo o Festival de Jazz e nos continuamos dando nosso role por Geneve. Naquele dia iria acontecer a Lake Parade, um festival nos arredores do Lago de Geneva, mas, como ainda estava cedo, resolvemos ir ate o cinema, assistir Sex and The City. Ate agora foi um custo achar um cinema na europa que nao traduzisse o filme para a língua local e Geneve sempre nos pareceu nossa melhor opção..
Depois do cinema, seguimos para o lago, para ver a Lake Parade. Uma loucura, varios carros alegoricos tocando desde axe music a trance e eletro. Varios brasileiros na rua. O visual tava lindo, com o final da tarde.

Acompanhamos um pouco da parada e fomos encontrar Ernst e Florece, numa brasserie em frente a estacao de trem.
Tomamos mais algumas cervejinhas, e fomos dormir

Friday 11th July – Chamonix – Geneve

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Acordamos no chalet da Nicole e do Paul, totalmente perdidos e com uma ressaca braba.

Nao sabia onde estava, cara, foi louco. Ja era quase uma hora da tarde, o Paul acordou e nos convidou para tomar um breakfast na cidade, mas tinhamos que tirar a Van do camping, senao pagariamos outra diaria. Nos despedimos e corremos para la. Aos trancos e barrancos, fomos arrumando a Van para partir. Gente, foi mais um teste de resistencia!

 

Enfim, deixamos Chamonix no final da tarde e seguimos para Geneve. Confesso que nao lembro bem o percurso, nem como chegamos, apenas apaguei no banco de tras. Esta e uma das grandes vantagens de se viajar de Van, ela e super espacosa, da para dormir numa boa. Tambem da para pular para a traseira e preparar sandwiches, cafe o que der vontade, mas confesso que ainda nao tentei esta manobra.

 

Chegamos em Geneve no final da tarde. Fomos até o Lago de Geneve, que nos pareceu uma boa referencia para podermos encontrar com Ernst, nosso amigo suíço. Aliás, nós temos uma história engraçada: conheci Ernst quando estava mochilando pela primeira vez pela Europa. Na verdade, estava planejando passar uns dias em Firenze, mas cheguei na cidade a noite, os hoteis estavam todos lotados, entao pulei no primeiro trem que chegou na estacao e segui para a Suica. Toda roubada tem sempre um lado bom. O desta foi que cheguei em Geneve, conheci o Ernst e ele virou nosso amigo internacional, ou seja, uma vez a cada um ou dois anos nos encontramos pelo mundo.

Ao chegar nos arredores do lago, paramos para um cachorro quente rapido. Comecou a cair a maior enxurrada, chuva por todos os cantos, os turistas todos espremidos embaixo do toldo, uma loucura.

 

Ele veio nos encontrar e seguimos para um restaurante libanes na regiao de Paquis, o SoHo de Geneve.

 

Pouco mais tarde, Solidea, nossa ex-flatmate de Londres tambem apareceu. Foi otimo reve-los, porem, estavamos ainda acabados da baldadinha de ontem. Fomos em seguida procurar um lugar para parar a Van, e eis que encontramos um otimo lugar, bem na frente da UN! E ali terminamos nossa night…

Grenoble – Chamonix – Wednesday 09th July – 2008 – Thursday 10th July

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Em nossos planos, devemos chegar até Genebra na sexta-feira. Como temos alguns dias até lá, resolvemos ir até Chamonix. Já tinha estado lá durante o inverno, para andar de snowboard, mas sempre tive curiosidade de saber como era a cidade durante o verão.

Parte disto também pelo fato de que já pensamos em ir morar lá, e seria interessante conhecê-la durante a baixa estação, onde a vida de turista sede lugar à vida real.

O caminho até lá é simplesmente maravilhoso: pela tortuosa estrada, fomos contornando os Alpes, e quando íamos nos aproximando, nos deparamos com o imponente Mont Blanc.

Chegamos na cidade ainda no comecinho da tarde. O dia estava maravilhoso, paramos num dos vários campings da cidade, deixamos nossas coisas e fomos nos aventurar pela região.

Chamonix é como um parque de diversões para quem gosta de esportes radicais. No inverno, é procuradíssima pela abundância de trilhas de ski. No verão, é a capital européia do alpinismo, de mountain bike, de caminhadas, paragliders, e o mais você puder imaginar.

Além das condições favoráveis à prática destes esportes, você ainda é agraciado pelo prazer de fazê-los num dos mais belos pedaços do mundo: cercado por montanhas altíssimas, com picos glaciais (que a cada ano tornam-se menores…), vales recortados por rios transparentes e muita área verde.

Resolvemos fazer uma trilha, que levava a uma cachoeira, após um certo tempo de caminhada, constatamos que estávamos na trilha errada, ou seja, do lado oposto do rio. O caminho mais curto e rápido seria atravessá-lo.

Ele não era muito fundo e, apesar de ser uma corredeira, não teríamos grandes problemas. A não ser pelo fato de que o rio está correndo de uma montanha glacial, e, consequentemente, suas águas são petrificantemente geladas.

Nós encaramos mais porque a preguiça de retornar todo o caminho e começar a trilha de novo falou mais alto. Mas cara,molhada da cintura para baixo, tive um início de hipotermia, e levei alguns minutos para voltar a sentir meus pés!

Continuamos pela trilha, escalando pequenas subidas. Chegamos até a cachoeira no final da tarde. Muito bonita. Acho que foi uma das primeiras vezes que vi cachoeiras na Europa. Ao contrário do Brasil, onde eu já estaria nadando, aqui você apenas admira de longe. Mas valeu a pena.

Voltamos para o camping, o sol estava baixando, deixando um reflexo avermelhado no branco da neve do Mont Blanc, simplesmente um espetáculo.

Thursday – 10th July

Mais um dia maravilhoso de sol! Pegamos as bikes e decidimos nos aventurar por uma das trilhas. Chamonix é farta de opções para quem gosta do esporte, e dentre as várias trilhas, decidimos fazer uma que começa no topo da montanha La Flegere, juntando-se as demais trilhas quando chega na base.

Subimos pelo teleférico, e assim que chegamos, um francesinho veio nos perguntar se iríamos mesmo descer a montanha com ‘aquelas bicicletas’. Comecei a ficar intrigada, ele tava achando súper engraçado, mas, como todos os caminhos levam para baixo, resolvemos encarar.

Chegando na trilha, entendi o motivo de tanta graça: a trilha era súper íngreme. Não só íngreme, como também instável, já que era formada de pedras. Minha bicicleta só tem freio na roda da frente (o que na descida, não ajuda em nada) e a do Al, é uma ‘city bike’, com rodas estreitas.

Cara, que sufoco, caí várias vezes, e te garanto, já desci esta montanha várias vezes de snow, e óbvio, cair na neve é muito mais divertido

Descidimos cortar caminho por uma das trilhas para caminhadas, pois não estávamos tendo muito progresso.

A trilha começou bem, apesar de estreita e íngreme, era de terra, e podíamos pedalar com mais tranquilidade. Até que, após uns 100 metros de descidas, chegamos numa área ainda mais íngreme e montanhosa.

Nosso passeio de mountain bike de repente virou uma escalada. Só que de 1500 metros. E com uma pesada bicicleta nas costas. Foi um verdadeiro teste de resistência e paciência. Acho que passei no primeiro, mas no segundo… Foi foda.

Ao chegarmos na base, fomos ao centro de Chamonix, e comemoramos nossa empreitada com uma merecida cerveja. A cidade estava simplesmente lotada, grupos de turistas, e esportistas em geral misturando-se com os moradores locais.

Voltamos para o camping, jantamos e fomos curtir a noite. No inverno quando estive aqui, me surpreendi de ver como a noitada em Chamonix era legal. Algumas cidades de ski são movimentadas durante o dia apenas, já que o dia para os praticantes de esporte começa bem cedo. Mas na França, especialmente, é o tempo todo. Acho que os lugares tem menos famílias e mais galerada.

Escolhemos um dos bares locais e fomos tomar nossa cervejinha de final de noite. Aproveitei para ligar para casa e quando voltei, o Al estava numa animada conversa com um casal de australianos. Eles se chamavam Nicole e Paul, estavam fazendo uma viagem parecida com a nossa, mas estavam nos últimos dias. Ficamos ali conversando e nos divertimos à beça. Adorei tê-los conhecido. Paul comprou dois vinhos e terminamos a noite no chalet dos dois, tomo mundo briacaco. Nunca beba com australianos!