Arquivo de julho de 2008

Wednesday 16th July – Interlaken/Lugano/ Como Lake

terça-feira, 29 de julho de 2008

 

 

Nosso dia começou cedo (para nossos padrões), pois nosso itinerário de hoje é bem longo, estamos descendo os Alpes Suíços em direção aos lagos que fazem borda com a Itália. Saímos de Interlaken e fomos descendo as montanhas, cortando vilas e estações de ski, e muitas, muitas montanhas.

A certa altura, chegamos aos grandes lagos da região. Ainda era bem cedo e uma neblina pairava sobre as águas e montanhas.

O sol começou a aparecer. Difícil descrever a paisagem que se formava em nossa frente. Era simplesmente mágica, mística, surreal. Linda.

 

Paramos para um café rápido as margens do lago e continuamos nossa jornada. Passamos uma sequência de túneis, uns atrás dos outros. Alguns com até 21 km de extensão! E muitos outros ainda em construção. Três quartos da Suíça está sobre uma cadeia montanhosa, e os túneis são a maneira mais prática para poderem transitar sobre o país.

 

Continuamos descendo a serra. Quando chegamos na base, um puta trânsito. Da organização, serenidade e tranquilidade da parte germânica, entramos no caos da parte italiana da Suíça. Buzinas, ultrapassagens arriscadas, carros estacionados na calçada, e muito trânsito, me fez lembrar São Paulo…

Chegamos a Lugano, no meio da tarde. Fomos até o lago, no centro da cidade. Caminhamos pelas margens, entramos no parque municipal e Al resolveu dar uma nadadinha. Depois, passeamos pelo centro. A zona comercial da cidade já reflete sua razão de ser, Lugano é a riviera da suíça, o lugar onde os ricos e famosos vêm passar o verão. Prada, Bulgari, Channel, you name it, todas tem os seus ostensivos lugares na praça principal da cidade.

 

Após o almoço, prosseguimos com nossa jornada. Entramos na Itália no meio da tarde. Chegamos nas proximidades do lago de Como, porém a cidade fica na borda oposta a que estávamos. Passamos por várias vilas entermeadas por mansões cinematográficas. Um visual muito, mas muito bonito mesmo.

 

Finalmente chegamos a Como. Paramos a Van nas proximidades do centro e fomos explorar a cidade. O lugar além de ser bem turístico, ficou mundialmente famoso por ter sido adotado por George Clooney, que ali comprou uma villa, e vez por outra da as caras na cidade, ou assim diz a lenda.

O lago estava aparentemente trasnbordando e patos nadavam no que seria a praça central da cidade. Um dos barcos também sucumbiu ao avanço das águas, e estava estacionado parcialmente na rua, onde os carros com cuidado passavam. Uma loucura.

 

Começou a escurecer, fomos procurar um lugar para jantar. Achamos um restaurante ótimo, na praça central. À nossa frente, um pequeno palco. Iria acontecer um pequeno festival com shows gratuitos. Enquanto jantamos, uma banda tocando World Music em geral se apresentava. Mas est’avamos bem cansados das mais de oito horas de estrada, então não nos extendemos mais do que o necessário.

 

Monday/Tuesday – 14th July – 15th July – Montreux – Interlaken

sábado, 26 de julho de 2008

Saímos de Montreux no final da manhã e seguimos para Interlaken. No caminho, paramos em Bern, a capital da Suíça e a cidade onde Einstein desenvolveu a teoria da relatividade.

Passeamos pelo centro, rapidinho e fomos no supermercado, abastecer nossa ‘dispensa’.

Compramos algumas especialidades locais e, devidamente alimentados, seguimos para Interlaken.

O visual pela estrada era maravilhoso, passamos por vales espremidos por grandes montanhas e fomos subindo uma sucessão de serras, até que finalmente chegamos à nosso destino, já no final da tarde. Como o próprio nome sugere, Interlaken está entre dois grandes lagos, Thun e Brienz.

Também está nas proximidades das montanhas Jungfrau, Monch e Eiger, que, com seus altos picos de neve, formam uma paisagem que é uma verdadeira obra-de-arte da natureza. A cidade também atrai uma verdadeira multidão de mochileiros e amantes de esportes de ação do mundo todo, já que é uma excelente base para quem deseja se aventurar pela região de Jungfrau.

Ficamos num camping que tinha uma vista maravilhosa. No dia seguinte, pegamos as bikes e fomos até Lauterbrunmen, de trem. O trajeto até lá é deslumbrante, passando por montanhas, cachoeiras e rios de águas transparentes.

Mas nada que se compare à chegar em Lauterbrunmen: após passarmos os bem cuidados chalets da cidade, que parecem saídos de um conto-de-fadas, chegamos até a trilha principal para os teleféricos.

De nosso lado esquerdo, uma sequência de montanhas, com a neve do topo refletindo a luz do sol. Do lado oposto, uma cachoeira altíssima despencava do topo da montanha, formando um véu branco pela paisagem. Ficamos maravilhados com o visual, que para mim, é um dos mais belos do mundo. Para todos os lados que olhássemos, a paisagem era mais do que perfeita. Um cartão postal de 360 graus (e em 3D!).


Passeando pela trilha, ainda conseguíamos ouvir os sininhos das cabras que pastavam pelas proximidades.


Subimos até Gimmelwald, e paramos para um raclette, que nada mais é do que uma espécie de fondue, mas ao invés de pão, você utiliza picles, cebolas em conservas e batata. A vista do alto de Gimmelwald mais uma vez nos deixou perplexos.

De lá, fomos até outra montanha, a Murren. Quando nos cansamos de admirar tanta beleza natural, pegamos uma trilha até a base.


Começou a escurecer, então, de bicicleta, retornamos a Interlaken, que foi uma das melhores pedaladas que já dei nesta vida. Passamos por pequenas vilas, apostamos corrida com o rio que nos acompanhava, e assistimos o sol se por atrás das montanhas.
Chegamos no camping já no início da noite, e descidimos campervar em outro pico. Achamos um lugarzinho, bem ao lado do rio que corta a cidade, súper tranquilo. E ali, entre o rio e a montanha, passamos a noite, que por sinal, era de lua cheia. Perfeito!

Sunday – Geneve- Montreoux 13th July 2008

sábado, 26 de julho de 2008

Acho que domingo e igual no mundo inteiro : a cidade aproveita para dormir ate mais tarde. E geneve nao podia ser diferente, a maioria dos lugares fecha e um silêncio paira sobre a cidade. Já que estávamos ali naquela região, aproveitamos para conhecer o Red Cross Museum.

Apesar de relativamente pequeno, a exposição foi um tanto interessante,não apenas por remontar a criação desta organização, como também por relembrar os diversos conflitos dos quais ela participou. Impressionante constatar o número de guerras que tivemos ao longo dos últimos dois séculos.
Já no início da tarde, passamos na casa do Ernst, e depois de algumas horas jogando Wii, seguimos para Montreoux, para o Festival de Jazz.


A cidade fica na extremidade oposta do Lago de Geneve, e também é toda cercada pelos Alpes. Uma vez por ano acontece este festival, nas proximidades do lago, onde músicos do mundo inteiro vem se apresentar, durante duas semanas de shows contínuos.
Diz a lenda que nos anos 70, Fank Zappa estava se preparando para se apresentar no Casino de Montreoux, quando um de seus equipamentos pegou fogo, causando um incêndio enorme. A fumaça sobrevoando o lago inspirarou os integrantes da banda Deep Purple a comporem ‘Smoke on the Water’.
Não vimos muita fumaça, mas água….

Chegamos em Montreoux embaixo de uma puta chuva. Corremos de barraquinha em barraquinha até acharmos um lugar para nos protegermos. Ernst abriu um champagne e ficamos ali curtindo o lugar. Montreoux, mesmo embaixo de chuva tem uma atmosfera ótima: várias tendas oferecendo shows gratuitos, clubs abertos ao público e concertos dos mais variados, embora os melhores sejam pagos.
Conseguimos ingressos de última hora e fomos com Ernst e Florence assistir a Herbie Hangcock e Chaka Khan. Assim que entramos, fui procurar o banheiro, quando encontro outra brasileira perdida. Ela me pareceu familiar de princípio, ate que caiu a ficha, claro, Elba Ramalho! Cara, de todas as pessoas do mundo, esta era com certeza a última que esperava encontrar ali. Hilário!


O show foi ótimo, no final da noite, nos despedimos e seguimos para a Van. Fico imaginando onde iremos nos encontrar da próxima vez. Mas sei que, como todas as vezes, será ótimo.

Saturday – Geneve – 12th July – 2008

sábado, 26 de julho de 2008

Descemos para o centro de G’eneve logo pela manhã. Voltamos até a área de Pakis, para encontrar Soli, para tomar um brunch. Ela estava com um pessoal do trabalho, uma galera super internacional que ou estava ou ja havia morado na cidade.

Sempre achei que Geneve deve se rum otimo lugar para estrangeiros, a cidade e ultra-cosmopolita, cheia de boas oportunidades de trabalho (principalmente para quem fala frances) e bem pertinho de Chamonix e outras otimas estacoes de ski.

Tambem foi bacana encontrar Solidea, como nos, ela ja morou em alguns outros lugares do mundo, e tanto ela como seus amigos, parecem estar em constante movimento, ou seja, passam um ano neste país, um ano em outro e assim por diante. Quem mora fora as vezes se esquece de onde e realmente a sua casa.

Eles seguiram para Montraux, onde esta acontecendo o Festival de Jazz e nos continuamos dando nosso role por Geneve. Naquele dia iria acontecer a Lake Parade, um festival nos arredores do Lago de Geneva, mas, como ainda estava cedo, resolvemos ir ate o cinema, assistir Sex and The City. Ate agora foi um custo achar um cinema na europa que nao traduzisse o filme para a língua local e Geneve sempre nos pareceu nossa melhor opção..
Depois do cinema, seguimos para o lago, para ver a Lake Parade. Uma loucura, varios carros alegoricos tocando desde axe music a trance e eletro. Varios brasileiros na rua. O visual tava lindo, com o final da tarde.

Acompanhamos um pouco da parada e fomos encontrar Ernst e Florece, numa brasserie em frente a estacao de trem.
Tomamos mais algumas cervejinhas, e fomos dormir

Friday 11th July – Chamonix – Geneve

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Acordamos no chalet da Nicole e do Paul, totalmente perdidos e com uma ressaca braba.

Nao sabia onde estava, cara, foi louco. Ja era quase uma hora da tarde, o Paul acordou e nos convidou para tomar um breakfast na cidade, mas tinhamos que tirar a Van do camping, senao pagariamos outra diaria. Nos despedimos e corremos para la. Aos trancos e barrancos, fomos arrumando a Van para partir. Gente, foi mais um teste de resistencia!

 

Enfim, deixamos Chamonix no final da tarde e seguimos para Geneve. Confesso que nao lembro bem o percurso, nem como chegamos, apenas apaguei no banco de tras. Esta e uma das grandes vantagens de se viajar de Van, ela e super espacosa, da para dormir numa boa. Tambem da para pular para a traseira e preparar sandwiches, cafe o que der vontade, mas confesso que ainda nao tentei esta manobra.

 

Chegamos em Geneve no final da tarde. Fomos até o Lago de Geneve, que nos pareceu uma boa referencia para podermos encontrar com Ernst, nosso amigo suíço. Aliás, nós temos uma história engraçada: conheci Ernst quando estava mochilando pela primeira vez pela Europa. Na verdade, estava planejando passar uns dias em Firenze, mas cheguei na cidade a noite, os hoteis estavam todos lotados, entao pulei no primeiro trem que chegou na estacao e segui para a Suica. Toda roubada tem sempre um lado bom. O desta foi que cheguei em Geneve, conheci o Ernst e ele virou nosso amigo internacional, ou seja, uma vez a cada um ou dois anos nos encontramos pelo mundo.

Ao chegar nos arredores do lago, paramos para um cachorro quente rapido. Comecou a cair a maior enxurrada, chuva por todos os cantos, os turistas todos espremidos embaixo do toldo, uma loucura.

 

Ele veio nos encontrar e seguimos para um restaurante libanes na regiao de Paquis, o SoHo de Geneve.

 

Pouco mais tarde, Solidea, nossa ex-flatmate de Londres tambem apareceu. Foi otimo reve-los, porem, estavamos ainda acabados da baldadinha de ontem. Fomos em seguida procurar um lugar para parar a Van, e eis que encontramos um otimo lugar, bem na frente da UN! E ali terminamos nossa night…

Grenoble – Chamonix – Wednesday 09th July – 2008 – Thursday 10th July

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Em nossos planos, devemos chegar até Genebra na sexta-feira. Como temos alguns dias até lá, resolvemos ir até Chamonix. Já tinha estado lá durante o inverno, para andar de snowboard, mas sempre tive curiosidade de saber como era a cidade durante o verão.

Parte disto também pelo fato de que já pensamos em ir morar lá, e seria interessante conhecê-la durante a baixa estação, onde a vida de turista sede lugar à vida real.

O caminho até lá é simplesmente maravilhoso: pela tortuosa estrada, fomos contornando os Alpes, e quando íamos nos aproximando, nos deparamos com o imponente Mont Blanc.

Chegamos na cidade ainda no comecinho da tarde. O dia estava maravilhoso, paramos num dos vários campings da cidade, deixamos nossas coisas e fomos nos aventurar pela região.

Chamonix é como um parque de diversões para quem gosta de esportes radicais. No inverno, é procuradíssima pela abundância de trilhas de ski. No verão, é a capital européia do alpinismo, de mountain bike, de caminhadas, paragliders, e o mais você puder imaginar.

Além das condições favoráveis à prática destes esportes, você ainda é agraciado pelo prazer de fazê-los num dos mais belos pedaços do mundo: cercado por montanhas altíssimas, com picos glaciais (que a cada ano tornam-se menores…), vales recortados por rios transparentes e muita área verde.

Resolvemos fazer uma trilha, que levava a uma cachoeira, após um certo tempo de caminhada, constatamos que estávamos na trilha errada, ou seja, do lado oposto do rio. O caminho mais curto e rápido seria atravessá-lo.

Ele não era muito fundo e, apesar de ser uma corredeira, não teríamos grandes problemas. A não ser pelo fato de que o rio está correndo de uma montanha glacial, e, consequentemente, suas águas são petrificantemente geladas.

Nós encaramos mais porque a preguiça de retornar todo o caminho e começar a trilha de novo falou mais alto. Mas cara,molhada da cintura para baixo, tive um início de hipotermia, e levei alguns minutos para voltar a sentir meus pés!

Continuamos pela trilha, escalando pequenas subidas. Chegamos até a cachoeira no final da tarde. Muito bonita. Acho que foi uma das primeiras vezes que vi cachoeiras na Europa. Ao contrário do Brasil, onde eu já estaria nadando, aqui você apenas admira de longe. Mas valeu a pena.

Voltamos para o camping, o sol estava baixando, deixando um reflexo avermelhado no branco da neve do Mont Blanc, simplesmente um espetáculo.

Thursday – 10th July

Mais um dia maravilhoso de sol! Pegamos as bikes e decidimos nos aventurar por uma das trilhas. Chamonix é farta de opções para quem gosta do esporte, e dentre as várias trilhas, decidimos fazer uma que começa no topo da montanha La Flegere, juntando-se as demais trilhas quando chega na base.

Subimos pelo teleférico, e assim que chegamos, um francesinho veio nos perguntar se iríamos mesmo descer a montanha com ‘aquelas bicicletas’. Comecei a ficar intrigada, ele tava achando súper engraçado, mas, como todos os caminhos levam para baixo, resolvemos encarar.

Chegando na trilha, entendi o motivo de tanta graça: a trilha era súper íngreme. Não só íngreme, como também instável, já que era formada de pedras. Minha bicicleta só tem freio na roda da frente (o que na descida, não ajuda em nada) e a do Al, é uma ‘city bike’, com rodas estreitas.

Cara, que sufoco, caí várias vezes, e te garanto, já desci esta montanha várias vezes de snow, e óbvio, cair na neve é muito mais divertido

Descidimos cortar caminho por uma das trilhas para caminhadas, pois não estávamos tendo muito progresso.

A trilha começou bem, apesar de estreita e íngreme, era de terra, e podíamos pedalar com mais tranquilidade. Até que, após uns 100 metros de descidas, chegamos numa área ainda mais íngreme e montanhosa.

Nosso passeio de mountain bike de repente virou uma escalada. Só que de 1500 metros. E com uma pesada bicicleta nas costas. Foi um verdadeiro teste de resistência e paciência. Acho que passei no primeiro, mas no segundo… Foi foda.

Ao chegarmos na base, fomos ao centro de Chamonix, e comemoramos nossa empreitada com uma merecida cerveja. A cidade estava simplesmente lotada, grupos de turistas, e esportistas em geral misturando-se com os moradores locais.

Voltamos para o camping, jantamos e fomos curtir a noite. No inverno quando estive aqui, me surpreendi de ver como a noitada em Chamonix era legal. Algumas cidades de ski são movimentadas durante o dia apenas, já que o dia para os praticantes de esporte começa bem cedo. Mas na França, especialmente, é o tempo todo. Acho que os lugares tem menos famílias e mais galerada.

Escolhemos um dos bares locais e fomos tomar nossa cervejinha de final de noite. Aproveitei para ligar para casa e quando voltei, o Al estava numa animada conversa com um casal de australianos. Eles se chamavam Nicole e Paul, estavam fazendo uma viagem parecida com a nossa, mas estavam nos últimos dias. Ficamos ali conversando e nos divertimos à beça. Adorei tê-los conhecido. Paul comprou dois vinhos e terminamos a noite no chalet dos dois, tomo mundo briacaco. Nunca beba com australianos!

Arles – Sisteron – Aix en Provence – Grenoble – Tuesday 08th July

sábado, 19 de julho de 2008

Mais uma longa jornada pela frente!

Seguimos pela costa, paramos para almoçar em Sisteron uma cidade portuária. Estamos entrando na região de Provence e, pelo caminho, a paisagem vai mudando aos poucos. Passamos por imensos campos de lavanda, girassóis e parreiras.

No fundo, belas vilas de pedra perdidas na imensidão da paisagem. Quando imaginava o interior da França, era este o tipo de cenário que esperava, que me faz pensar na diversidade geográfica do país: em nossa viagem, já passamos por belas praias, montanhas imponentes, vastos campos, grandes cidades, vilas desconhecidas.

 

 

Chegamos a Aix en Provence já no começo da tarde. A cidade de Aix é uma gracinha. Já estivemos ali há alguns anos atrás, e é sempre um prazer retornar. A cidade além de bonita é bem movimentada.

Ali encontram-se várias universidades e muitos vêm de outras partes da França para estudar.

Paramos num dos cafés do calçadão central e ficamos ali, relaxando. Fomos conferir um mercadinho de rua que estava acontecendo no local. Após caminharmos pelo labiritnto de vielas do centro, decidimos seguir viagem.

De campos vastos, voltamos as montanhas. Começamos a subir os Alpes, apreensivos sobre como a Van iria reagir. Mas, apesar de alguns trechos mais íngremes onde ela perde potência, no restante ela anda bem.

Já no final da tarde, chegamos à Grenoble. A cidade é a capital da região de Dauphines e, para uma cidade de montanha, surpreende pelo tamanho: prédios, semelhantes aos que encontramos em Paris, espalhados por toda a cidade, avenidas de grande porte e um estádio súper moderno. Cercada por montanhas e, consequentemente, estações de esqui, ela foi palco das Olimpíadas de Inverno nos anos sessenta. Seguimos para o centro, e atravessamos o rio que a divide. Achamos um bom local para estacionar. Alistair fez uma janta maravilhosa e, fomos conferir os muitos bares da região.

Incrível que, em plena terça feira a noite, as ruas da cidade estavam repletas. De turistas e locais. Chegamos a praça central e, nos deparamos com um telão imenso. Ficamos sabendo que iria acontecer um Festival de Curtas naquela noite. Após nossa cerveja, sentamos na praça e ficamos assistindo ao festival. Vimos ótimas animações seguidas por curtas ‘profundos demais’ ou apenas sem sentido algum. Mas de qualquer forma, foi um ótimo entretenimento para nosso fim-de-noite.

 

Agde – Sete – Arles – Monday 7th July 2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

Dia de muita estrada. Acordamos em Agde e continuamos seguindo pela costa mediterrânea. Passamos por várias praias bonitas, e com o aproximar da tarde, paramos para almoçar em Sète, uma bela cidade portuária.

 

Seguimos em direção à Montpellier. Nos divimos entre se parávamos ali ou não, mas a cidade me pareceu um tanto movimentada demais para o nosso gosto e também, estava o maior trânsito, então seguimos para Arles, na região de Camargue.

 

O residente mais famoso da cidade foi Van Gogh, que imortalizou vários de seus belos canais e vielas em suas pinturas.

A cidade também é famosa por suas touradas, que acontecem no seu anfiteatro romano, datado de 49 AC. Este anfitetaro, é um mini-coliseu, construído numa das partes mais altas da cidade.

 

Situada as margens do Rio Rhône, a cidade ascendeu politicamente após Julio César (que contava com o apoio local) apreender Marseilles, que por sua vez apoiava seu oponente, Pompeu o Grande.

Desta forma, Arles substituiu Marseille como um dos grandes portos comerciais da região.

 

Não tínhamos muito tempo na cidade, então decidimos conhecer o anfiteatro romano. Quiz a sorte de estar aconecendo um evento bem naquele dia. Como o Al nunca havia entrado num anfiteatro romano, fui conversar com o guardinha, para me certificar de que não estávamos entrando em nenhuma tourada, a qual simplesmente condeno.

Ele me explicou que ali estava ocorrendo o ‘Course Camarguaise’, uma espécie de jogo onde vários homens vestidos de branco tentam tirar anéis de tecido encaixados nos chifres de um touro. E hoje era a final do campeonato.

 

O estádio estava lotado. Conseguimos dois ingressos e fomos assistir. O primeiro touro entrou em cena, e cercado pelos jogadores, corria de um lado por outro enfurecido. Ele não estava para brincadeiras, e por várias vezes saltou para for a da arena e começou a atacar o público em volta.

Embora ninguém saia seriamente ferido e nem o animal seja exterminado, ainda acho que há uma certa barbaridade no espetáculo e que o touro não esteja enfurecido apenas com as pessoas correndo a sua volta.

 

O próprio histórico destas arenas já é meio bárbaro. No anfiteatro de Arels, um público de 12000 pessoas lotava suas arquibancadas para assistir a gladiadores, matando uns aos outros. No final, o que fosse derrotado contava apenas com a clemência do público, que poderia salvá-lo da morte. Caso contrário, era morto ali mesmo.

 

Assistimos ao campeonato até o final, e após a premiação, retornamos para a Van.

Seguimos viagem, até que achamos um campervan parking e lá terminamos nosso dia.

 

Agdes – Cape de Agdes – Sunday 6th July

terça-feira, 15 de julho de 2008

 

 Mais um dia na praia não cairia mal. Resolvemos ficar em Agdes e tirar o dia para conhecer Cape d’Ages, uma praia próxima.

 

Além de bonita, a praia também é famosa por hospedar um dos maiores complexos naturistas da Europa.

 

 

Estes lugares por aqui são bem populares, principalmente com os alemães, que driblam o frio de seu país pela oportunidade de ficar sem roupa.

 

 

Chegamos, ficamos de ueixo caído: o complexo é realmente complexo: uma verdadeira cidade toda preparada, com supermercados, restaurantes, bares. E todo mundo pelado.

 

Desculpa galera, mas o lugar nao permite fotos!

 

Quer dizer, não há uma obrigatoriedade com todos que visitam, e, principalmente o pessoal mais jovem, possui suas inibições. Mas a grande maioria parece não estar nem aí.

 

Fomos direto para a praia e passamos ali a maior parte do tempo.

À noite, compramos um prato de frutos do mar maravilhoso e voltamos para nosso camping.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Limoux – Carcassone – Agde – Saturday 5th July 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

François nos acordou as 8 horas da manhã. Ele iria começar a trabalhar na Van, se revezando entre os vários clients que entravam e saíam de sua oficina. Aproveitei o momento e fui até o centro da cidade, buscar nosso café da manhã.
 

 

 
 
 

A cidade de Limoux é uma típica vila francesa: pequenininha, com uma praça central, próxima a Igreja, e várias casas antigas.

Naquele dia, iria acontecer um festival, então pela cidade, várias bandas estavam ensaiando.

Voltei para a oficina, ansiosa pelo nosso destino.

 

François conseguiu regular os cilindros da Van, mas para ele, um dos quarto cilindros estava comprometido e deveria ser trocado. Ele não estava bem certo, poderia também ser a válvula. Mas nos assegurou que fora este detalhe, o motor estava em boas condições, o que me deixou um pouco aliviada.

 

Para ter um diagnóstico mais completo, precisaria tirar o motor e desmontá-lo por completo. Se fosse este problema, na segunda-feira ele poderia solicitar uma peça, que provavelmente chegaria há alguns dias mais para frente. Se não fosse, Deus sabe quando sairíamos de lá. Ele também nos deu uma opção de trocar o motor inteiro, por alguns milhares de Euros, o que seria mais rápido. Mas, conseiderando que o motor como um todo estava funcionando bem, e que provavelmente teremos apenas mais algumas semanas de Van, chegamos a conclusão de que esta não era uma opção.

 

Vimos e revimos nossa situação. Ficar em Limoux todo este tempo seria um porre. A cidade é lindinha, mas agente tá em movimento, temos que chegar na Suíça em breve. Revimos nossas rotas. Se os Pirineus foi um desafio para nossa querida Van, imagine quando chegarmos nos Alpes!

Chegamos a conclusão de que nossa viagem de Van terá fim na Áustria, daqui há algumas duas, três semanas. De lá, poderemos tanto pegar um barco pelo Danúbio, como também seguir de ônibus.

 

Em relação à Linoux, ficar mais dois dias na cidades, pode vir a tornar-se semanas. Os honorários de nosso mecânico, fora o custom das peças, são altos. Fora as batidinhas que o Al deu no caminho (perdemos um pedaço do para-choque e do escapamento, mas juro que não foi barberagem dele: com duas biciletas na traseira fica meio difícil manobrar mesmo!), de um modo geral a Van está funcionando bem.

 

Levando-se em conta tudo isto, resolvemos desafiar o destino e seguir em frente. Após um mês na estrada e mais de 4000 km rodados, aqui vamos nós, com três cilindros ao invés de quarto.

 

Continuamos viagem até Carcassone, uma bela cidade medieval, toda cercada por muros.

 

O complexo é realmente muito bonito, e após passearmos por seus labirintos de vielas, paramos para uma merecida cerveja.

No calor gritante que estava, ela caiu como uma luva.

Descansamos, reavalilamos nossa situação, e contentes com nossa decisão, seguimos viagem até a costa, agora mediterrânea!

Chegamos até Agdess, uma cidade portuária.

Decidimos passar a noite numa das belas praias das proximidades. Com areias finas e a calmaria do mar, ali terminamos nosso dia, descansando sob o sol que se punha.