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Calicut – Wayanad Wildlife Sanctuary – 25 – 27 th August 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

Apos cinco horas de viagem de trem, chegamos a Calicut, onde Vasco da Gama aterrisou na India pela primeira vez, em 1498. A Calicut atual, alem da producao de castanhas-de-caju, e tambem famosa pela exportacao de trabalhadores para o Oriente Medio e uma boa parada para aqueles, como nos, que desejam seguir para o parque nacional local.

Fora isto, a cidade nao tem muito o que ver, por isto, logo de manha, pegamos o primeiro dos tres onibus que precisaremos tomar para chegar ao parque.

O caminho para la, foi uma aventura a parte: dentro de um onibus super antigo, fomos passando por entre os campos do estado de Kerala. A paisagem alternava campos de plantacao de arroz,  coquerais, partes do remanso, pequenas vilas, rios, florestas.  A paisagem era simplesmente fantastica. A certa altura, comecamos a subir as montanhas.

O motorista, como sempre, buzinando como um louco, dirigia numa velocidade alucinante. Sentei na parte do onibus reservada para as mulheres, bem na parte frontal do onibus, assistindo a ele, como uma plateia. Ali, de frente para a janela frontal, assistia as ultrapassagens que ele fazia, absurdamente arriscadas,  cheguei a conclusao que se ele batesse, eu provavelmente seria a primeira a ‘ir para o saco’. Entao assim que pude fui para o final do onibus, mas mesmo dali, dava para ver o show que aquele maluco tava dando.

Quando chegamos mais ao alto, a estrada foi diminuindo e, numa altura de mais de 1000 metros,  continuamos a toda velocidade. A cada curva, com o onibus lotado, parecia que iriamos tombar para um dos lados. De repente, um forte estrondo ecoou bem ao meu lado: ele havia batido o degrau da porta de entrada no muro de protecao da estrada.

Mas, sem o menor constrangimento, continuou no seu ritmo normal. Ao ver que as pessoas a minha volta estavam bem relaxadas, fiz o mesmo, afinal ele deve fazer este caminho diversas vezes ao dia e, todo mundo parece dirigir desta maneira.

A certa altura, macacos comecaram aparecer no muro de protecao da estrada. Primeiro um, depois dois, e assim por diante, ate que logo um grande grupo tranquilamente assistia aos carros passarem.

Chegamos nas proximidades do parque durante o inicio da tarde e logo deixamos nossas coisas no hotel. Pegamos dois outros onibus e ali, caimso na real de que nao estavamos certos de como chegar extamente ao parque.

Alguns indianinhos super simpaticos ao nos verem vieram logo puxar conversa e assim, viemos o caminho, trocando informacoes sobre nossos paises, fazendo piadas sobre cricket (que aqui e a paixao nacional). Ao final, um deles nos levou ate o onibus correto e, ao nos colocar dentro do onibus, berrou de fora ‘nao se esquecam de mim’.

E, nao esquecerei mesmo. Fiquei encantada com a generosidade, simpatia, abertura da populacao local, que nos fazem nos sentir em casa, mesmo quando reclamamos da estranheza do seu pais.

Chegamos ao parque e pegamos um dos tours. Apos algumas horas passeando por estradas de terras, avistamos grupos de viados entre a floresta a nossa volta.

Apos alguns minutos, avistamos um elefante pequeno. Nosso guia parou o jipe para tirarmos uma foto, mas rapidamente nos instruiu a voltar para o carro, pois elefantes pequenos sao superprotegidos por suas maes, que provavelmente nao gostariam de nos ver ali.

Com o aproximar do final da tarde, os animais comecaram a se recolher para suas tocas e assim, vimos muito pouco dos centenas de elefantes e dezenas de tigres da regiao.

Mas sai de la satisfeita com nossa aventura e pronta para encarar o onibus de volta que, como era de se esperar, nos proporcionou um show de adrenalina e que fez o caminho ser bem melhor do que a chegada.