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Epernay – Paris – Sunday 15th June

segunda-feira, 23 de junho de 2008

 

Perdemos a hora! Levantamos acampamento e fomos conhecer as ‘Champagne Houses’ locais. Em todo o mundo, apenas a produção local pode ser comercialmente chamada de ‘Champagne’. É um monopólio poderoso dos produtores, que conseguiram uma concessão mundial de terem exclusividade sobre o nome, irritando produtores de vinho espumante de outros países.

As ‘Champagne Houses’ ficam bem próximas umas das outras, em mansões cinematográficas. As opções eram muitas, porém escolhemos por visitar a ‘Moet Chandon’.

Conhecemos a história da família ‘Moet’, e de seu criador, que além de ser um grande empresário, era também muito bem relacionado e conseguiu difundir sua marca entre celebridades mundialmente conhecidas, incluindo Napoleão.

A direção da compania mais tarde foi passada a seu filho e seu genro, da familia Chandon, e assim, surgiu a marca ‘Moet Chandon’ como conhecemos hoje.

Visitamos a adega e aprendemos sobre os métodos de preparação da champagne. Ainda bem que o Al não se animou em tentar fazer (ele faz cerveja em casa, e faz a maior bagunça!) pq são anos de preparação para fazer uma garrafa que dura algumas horas!

As galerias da adega são impressionantes. A cidade de champagne está sob mais de 100 kilômetros de galerias, utilizadas como adega pelos produtores locais.

No final do tour, fizemos uma degustação, que foi uma delícia.

Saímos de Champagne e tomamos rumo à Paris.

A viagem durou algumas horas, mas quando chegamos nas proximidades, caos! Um puta trânsito! Cara, tudo bem que o trânsito de São Paulo é muito mais extenso, mas se levarmos em conta que estamos num domingo, e a população de Paris é bem menor, a comparação é válida.

Ficamos uns quarenta minutos para entrar na cidade, um inferno. Chegamos e apagamos, amanhã tenho que estar na Embaixada Australiana pela manhã.

 

Bute montsec – Verdun – Epernay – Saturday 14th June

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dormir no alto da montanha tem dessas coisas: não tem como evitar o sol na sua cara logo de manhã! Mas foi bom, o dia ia ser longo mesmo, então saímos logo de manhã.

 

 

Tomamos café-da-manhã em Bar-le-Sac. A cidade não é das mais atraentes, porém é cheia de história.

 

Foi aqui que desembarcaram milhares de soldados franceses, para defender a fronteira ao leste, que estava sendo atacada pelos alemães na primeira guerra mundial.

 

 

 

Dali, começa a ‘Sacrée Vie’, a Via Sacra, o caminho que estes soldados fizeram até chegar à Verdun e arredores.

 

Seguimos por este caminho, até chegar no for te de Verdun.

 

 

 

Este forte havia sido construído no século 17. Com a apoderação das regiões de Loraine e Alsace pelos alemães, ele foi bastante fortificado ao longo dos anos e tido como um dos pontos estratégicos, já que fazia fronteira com o território inimigo. Com o início da Primeira Guerra Mundial, França e Alemanha estavam em constante conflito, sem sinais de abatimento de quaisquer um dos lados.

 

Assim, a Alemanha decidiu investir em atacar Verdun, por saber que a França concentraria suas forças em defendê-lo.

 

A investida não tinha por finalidade a conquista de um território, mas sim, eliminar o maior número de franceses possível.

 

Verdun nunca foi conquistada, mas este foi um período dos mais sangrentos da história mundial. Cerca de 400.000 homens de cada lado morreram e o nome da cidade virou sinônimo de chacina e violência.

 

Hoje é possível visitar o forte e as regiões vizinhas, passando por trincheiras e por antigos campos de batalha, que ainda hoje carregam as cicatrizes dos bombardeamentos, com inúmeras crateras.

 

Também foi legal visitar a ‘Citadelle Souterraine’, o forte propriamente dito. Por entre seus 12 Km de galerias subterrâneas (parte do tour é feito através de carros motorizados), você vai passando por uma exibição multimídia que remonta este período, desde como era viver dentro destas galerias subterrâneas (cerca de 10.000 homens pereceram ali, à espera de serem enviados aos campos de batalha), até uma simulação de como era estar na linha de ataque, o que não parece muito divertido.

 

 

Saímos de Verdun impressionados com os horrores do que foi a Primeira Guerra, um evento talvez até mais tenebroso que a segunda, porém muito menos comentado e decidimos animar nossos ânimos com champagne.

 

 

Então fomos direto à fonte, seguimos até Epernay, casa dos maiores fabricantes de champagne da França.

 

Chegamos, demos um rolê pela praça, tava rolando um fetival de artes e uma banda de funk-jazz animava os locais. Doido, pq embora eles cantassem em francês, eles estavam vestindo ‘kilts’, a sainha escocesa. Estava morta de cansada, então fomos procurar o camping.

 

Luxemburgo (LUZ)– Metz (FR)– But Montsec (FR) Friday 13 June

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Na Segunda-feira, devemos estar em Paris para eu receber meu Visto de Residência para a Austrália, que acabou de ser aprovado. Então, começamos a tomar este rumo, o que me deixou bem contente.

 

Eu simplesmente adoro a França. Para mim, este é um dos países mais completos: ótimas condições de ski, belas praias, excelente comida e muito para se descobrir. Tem várias vilinhas espalhadas pela França que são verdadeiros achados,  e Metz está nesta categoria.

 

 

A cidade é mesmo muito bonita, com suas construções de pedra e uma Catedral Gótica maravilhosa.

Passeamos um pouquinho pelo centro, o Al parou para ver o jogo num restaurante e eu fui dar um rolê pelas vielas do centro.

 

 

 

Caí numa rua comercial, cheia de lojinhas e ‘Boulangeries’, cada vitrine súper bem cuidada, em todos os detalhes, seja para vender antiguidades ou até mesmo presunto.

 

Deixamos a cidade no final da tarde e fomos procurar por um lugar para acampar, o Al estava pensando em ir até um Parque Nacional nas proximidades, porém, ao passarmos por uma montanha, avistamos um monumento bem no topo que nos pareceu interessante, e fomos lá ver o que era.

 

 

 

 

Do topo, dava para ver os vales todos ao nosso redor, o sol já estava de pondo, o visual era magnífico. Resolvemos ficar por ali mesmo.

O monumento em si na verdade era um Memorial (Bute montsec), erguido pelos americanos após a primeira guerra mundial. A Alemanha, que já havia se apoderado de algumas regiões da França, resolveu utilizar aquele ponto como uma base estratégica, porque dali poderiam ver e prever as ações de seus inimigos há quilômetros de distância. Eles permaneceram ali por 4 anos, até serem combatidos pelos americanos, numa sangrenta batalha onde mais de meio milhão de pessoas morreram. O curioso é que a história não terminou por aí. Na Segunda Guerra Mundial, os alemães que ocupavam a Normandia (uma região bem próxima), ao perceberem a aproximação das tropas aliadas, recuaram para a região, e acabaram retornando à But Montsec. Numa espécie de ‘Déja vu’, uma nova batalha foi travada e os americanos não tiveram dúvidas em destruir seu próprio monumento para conseguir render os exércitos alemães.

 

Callais Bruges – Sunday 08th June 2008

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O caminho para Bruges foi bem tranquilo, as estradas são ótimas, e super bem sinalizadas. Tem muitos caminhões circulando, e a paisagem é bem industrial. Levamos por volta de duas horas para chegar a Bruges.Tinha comigo o endereço de um Camping que tirei de um livro de 1997, colocamos as informações no GPS e fomos seguindo suas cordenadas. Enfim, acabamos numa área florestal, súper bem cuidada, com casas maravilhosas. Mas nada do camping. Chegamos à conclusão que ele deveria ter fechado, então, resolvemos ir até ao Cento de Bruges, procurar o Centro de Informações ao Turista. Ao nos aproximarmos do centro, entramos por ruazinhas estreitinhas, de pedra, com uma arquitetura medieval súper bonita, atravessando belos canais. Realmente, esta é uma das cidades mais bonitas que já passei. Chegamos até a praça principal, que também é o principal ponto turístico da cidade, me lembrei bastante de Bruxelas, pois circundando a praça, há uma catedral belísssima, ladeada por edifícios antigos e charmosos cafés. Pegamos o endereço de um camping próximo, e fomos apreciar as especialidades da Bélgica: mariscos ( ‘the mussels from brussels’ – que o Al insite em dizer que é o Van Damme hahahahah!) e a cerveja. São mais de 100 tipos de cervejas diferentes sendo vendidas na região, algumas bem estranhas como a ‘cherry beer’ – cerveja de cereja. Me conteitei com uma Pillsner, 9% de teor alcóolico.

Tava uma tarde súper gostosa, o clima estava ótimo, ficamos algumas horinhas ali, comendo e bebendo, jogando conversa fora e vendo as pessoas passearem pelo ‘Markt’.

Depois fomos procurar pelo camping. Desta vez encontramos facilmente. Gente, se for sempre assim, vai ser fácil hahahah, sério, o lugar é súper organizado, tem restaurante, banheiros limpíssimos, energia elétrica e wireless internet. Além de ficar próximo ao centro da cidade.

Descansamos um pouquinho, pegamos as bikes e voltamos para o centro, para assistir o jogo Polônia e Alemanha (aqui está na temporada da Eurocopa 2008). Eu ainda não escolhi o meu time desta temporada (a Inglaterra não foi classificada!), então resolvi torcer para a Polônia, em solidariedade a meus amigos poloneses, mas galera, não teve jeito, a Alemanha ganhou com facilidade…

O jogo terminou, mas ficamos por ali, bebendo entre os locais e os turistas. Conhecemos um inglês que também estava de passagem pela cidade. Como todo inglês, ele não era fraco não no que se refere à bebida, e parecia que já havia experimentado metade dos tipos de cerveja que a cidade vende (só naquela noite…). Ele nos apresentou à Duvel beer, e ali ficamos por algumas horinhas. Voltamos dirigindo nossas bikes em zigue-zague…

 

 

 

Callais – Sunday 08th June 2008

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Somente quando chegamos me dei conta do quanto estávamos cansados. Além da ressaca de nosso jantar com o Declano, não havíamos comido nada o dia inteiro. Desencanamos de tentar achar um camping aberto, e fomos até a praia. Achamos um lugarzinho bacana, com vista para o mar (!), bem no meio dos carros com os casais de namorados…Estava ansiosa para saber como seria dormir na nossa casinha móvel, mas sabe que ela é súper confortável? Ou era eu que estava muito cansada, sei lá, mas dormimos súper bem.

Acordamos com os apitos das balsas cruzando o Canal da Mancha e com os curiosos que passavam ao lado da Van. De manhã deu para ver melhor onde estávamos, na frente de uma praia bem movimentada! Assustamos a galera toda quando saímos de dentro do carro! Tomamos um café rápido, e zarpamos.